sábado, 31 de maio de 2014

Entender só quando interessa...

Olá!

Quer dizer que eu tenho que entender o direito de alguém decidir sobre a possibilidade ou não de outro ser humano viver, porque ele depende do corpo daquela pessoa que precisa ter o direito de decidir o que fazer com seu corpo...

Mas...

Ninguém quer conversar sobre a diferença de "palmada educativa" e violência contra a criança já viva...

É mais sério uma palmada que não tira a vida e não pode fazer do que o aborto, que tira sim a vida? Pois... mesmo que se pense que o ser que ali já se desenvolve, ainda não é "ser humano", no mínimo, a divisão e multiplicação celular já define que está em desenvolvimento a vida... e em Marte, uma célula seria "bem vinda"... no útero, só se pensa no direito que a mulher tem que ter sobre o seu corpo, sem pensar nas células que já desenvolvem outro ser humano... Que se puna quem exagera na violência a uma criança, mas não se coloque tudo no mesmo patamar...

Se eu defendo a ideia da liberdade da palmada é porque sou a favor disso... e incito a violência... talvez bata muito... Eu não preciso bater para entender essa liberdade... Da mesma forma que querem que, mesmo quem não faça o aborto, entenda o direito da liberdade que alguém que faça precisa ter...

Só que só entende que mesmo sem fazer você pode aceitar que o outro tenha direito quando interessa...

Forte abraço!

Diferenças que fazem diferença apenas filosoficamente...

Olá!

Ser a favor do aborto é diferente de entender o direito de abortar...

Recomendo a leitura do texto:


Nem sempre concordo com o autor, mas gosto muito do jeito que ele escreve. E, claro, algumas vezes, concordo. Acho que ele tem razão em muitas coisas e por isso, estou aqui comentando como vejo algumas coisas neste espaço. Quem sabe ele venha a ler... Não sou jornalista, mas gosto de pensar e escrever, mas não com base em uma ideologia simplesmente, antes gosto de observar além da realidade que temos como "certa". Algumas vezes, a realidade se apresenta bem diferente do que pensamos e já nos dá as pistas sobre o que poderá acontecer, mesmo que pensemos que não será assim... E esse assunto que ele escreveu, para mim, é um desses... não adianta dizer o que eu acho que vai acontecer... a realidade de abortos apenas por "opção" deixa claro que o direito a realizar o ato poderia ser desastroso. Claro que direito, todo mundo tem de fazer o que quiser... só que algumas coisas, mesmo que a pessoa tenha o direito de fazer, ela tem que assumir consequências e o que se discute, nesse caso, não é o direito de poder fazer, pois poder, pode... mas ter ou não consequências civis e penais diante da possibilidade...

Mas a questão é essa: quem é contra o aborto, entende que não se deve dar esse direito, como se está chamando, a quem quiser ter esse direito... É preciso ter consciência da questão de risco e nessa, os médicos vivem dando as opções, desde o início, pedindo uma "decisão" sobre o que fazer e a "quem salvar"... Até mesmo na hora do parto! Logo, em questões de risco de vida, isso já é feito, permitido e entendido... e nesse caso, a pessoa tem o direito de escolher se vai correr o risco ou não... No mais, é claro que quem é contra o aborto entende que ele não pode se tornar um direito de quem quiser, pois isso traria em si a chance grande de que se passe a realizar mesmo sem a devida necessidade, apenas por vontade... Sei que existe o problema da condição "clandestina" para o aborto e isso precisa, em vez de ser legitimado e legalizado, coibido... Quando se procura uma célula em Marte, pensa-se em "vida"... por que a questão do aborto só pode ser "condenada" do ponto de vista da "religião", por conta de pensamento sobre vida, em vez de se pensar na divisão e multiplicação celular que acontece desde a fertilização do óvulo? Já há essa vida que tanto procuram em Marte... por que isso, sem pensar em "religião", não é pensado e essa discussão não avança? Parece que essa seria a forma de "unir" os pensamentos, mas parece que o sonho é sempre ficar discutindo no que "divide" em vez de discutir no que pode "unir"...

Apesar dele dizer que a ideia que o aborto poderia ficar exagerado ser apenas ideia de quem é contra, não condiz com a realidade de quem quer ter o "direito ao seu corpo" pensando até na questão da gravidez. Essas pessoas, em suas manifestações, passam sim a impressão que poderiam exagerar nessa questão! Pode até ser que não façam, mas a ideia que as pessoas passam é que seria sim de forma exagerada... As mulheres tem todo direto ao seu corpo... Mas é preciso se discutir o direito de uma vida que já está em amplo desenvolvimento para os padrões de se buscar vidas em outros planetas... os dois se unem nesse processo e não é possível pensar apenas em um dos lados... pelo menos, penso assim...

E mais... na hora de se "separar" a ideia da liberdade religiosa da vontade de que alguns possam ter observado seus direitos, não se "separa" as ideias... a "religião" tem que se rever conceitos, repensar e afins... Por que quando interessa se separa facilmente as coisas, buscando a convivência entre quem queira e quem não queira, e precisamos entender que é essa a ideia (fará quem quiser) e na hora de falar da "fé", esta precisa se repensar e não pode ser: deixa livre o anúncio e as ideias e segue quem quiser??????

O Governo não reconhece o direito a educação com base na Bíblia, que diz sim que a varinha pode ser usada para a devida educação, recomendando ainda que não se deve incitar a ira do filho. Logo, pode dar uma palmada no caminho da devida educação sim, mas nunca ser violento e sem razão. É uma afronta ao direito constitucional de "liberdade religiosa", no mínimo! Que se faça a devida educação para que não seja violento mesmo, que se encontre formas de diferenciar educação com a varinha e a violência e que se puna os violentos, que não educam nada com isso, pois é diferente uma "palmada" de ser violento... Deixe livre o "direito de educar", e "dá a palmada quem quiser", e que se puna os que são violentos mesmo! Colocar tudo num mesmo grupo é ridículo! Deixe o direito assegurado desde que não se passe dos limites da educação para a violência, que não vai educar nada... Mas não... nem palmada pode, por lei... Nessa hora não precisa saber a diferença entre a "palmada" que pode educar para a violência e se deve colocar tudo no mesmo patamar, ninguém pode fazer e o "faz quem quer" não pode ser observado, mas em outros assuntos, tem que saber a diferença... Quem é contra até mesmo a palmada que pode educar não me deu o direito de fazer isso! Como quem é contra o aborto vai por iniciativa própria permitir isso...

Aí, para acabar com o assunto, podem querer argumentar que não se tem como conversar com alguém que entende que existe sim a possibilidade da palmada ser educativa... pois é... não dá pra conversar com alguém que pensa em algo que não tira da criança o direito de viver (a violência pode fazer isso e mesmo que não faça fisicamente, pode trazer problemas sérios na área psicológica e essa deve ser punida, mas a palmada educativa não tira o direito de vida), mas entende e conversa amplamente com quem entende o direito de quem pode pensar na possibilidade de tirar esse direito de vida da criança... Algo está estranho nesse pensamento, no mínimo... Nesse pensamento, uma palmada é coisa mais séria a ponto de não poder fazer do que impedir o direito de viver depois que a divisão e multiplicação celular já começou na direção de um novo ser humano... Para alguns (como eu), já um novo ser humano, mas deixemos esse assunto de lado e pensemos na vida que já há a ponto de se ter divisão e multiplicação celular... esse é o ponto que pode unir os pensamentos científicos e religiosos e acho que ambos deveriam conversar sobre isso e não apenas sobre questões "éticas" e religiosas...

Não gosto de misturar assuntos e acho que cada um deveria ser discutido de forma separada... Mas essa mistura que se faz sobre ser a favor ou conta o ato e ser a favor ou contra o direito ao ato é estranha... afinal, não acho que alguém que seria contra o ato seria favorável ao direito ao ato... é filosófico demais e mesmo que seja favorável ao direito ao ato, na hora de encaminhar uma votação, votaria não pelo direito ao ato, mas contra o ato, pois quem é contra o ato não pode encaminhar uma votação a favor do direito ao ato! Posso não condenar pessoalmente outra pessoa por fazer, mas não posso, por conta da minha contrariedade, dizer que entendo que ela pode. Entendo que ela não pode, mas ela faz o que ela quiser e assume os riscos do ato e se o ato leva a possibilidades de resposta até criminal, isso vale para qualquer ato...

Quer dizer: no que alguns querem, deixa livre para quem quiser e quem quiser, faz, e quem não quiser, não faz... mas isso vale apenas em alguns assuntos... não vale, por exemplo, para a "religião", que precisa ficar em seus muros, dentro da "igreja" e não impor nada aos outros... mas ela não impõe nada! A Idade Média já acabou faz tempo, já passamos pela Reforma Protestante, Iluminismo e tantas outras coisas... Faz quem quiser... mesmo quando alguns dizem que está errado, erra quem quiser... mesmo quando se diz que "vai pro inferno" por fazer isso, acredita e vive isso quem quiser... mesmo quando um deputado ou senador apresenta um projeto com base no pensamento religioso, esse projeto só é aprovado se a maioria dos seus pares concordar... isso não é imposição, é exatamente o que se pede para outros assuntos: deixa ser livre o anúncio ou a prática e faz quem quiser... ou não? Claro que alguns dirão que não... porque precisam manter o seu argumento... mas entre esses, alguns sabem que é verdade, que é isso mesmo... Mas muitos dirão que não é isso, porque o pensamento já está tão enraizado como o pensamento que eles criticam de alguns com ligação ao aspecto "religioso"... não conseguem argumentar contra, mas é assim e acabou e quem pensa diferente é porque não está vendo alguma coisa...

Forte abraço!