segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Acabe logo com a Progressão Continuada, por favor!


Vossa Excelência
Ministro da Educação da República Federativa do Brasil
Aloizio Mercadante Oliva
Perguntas do Blog de um pai que concorda com o fim da Progressão Continuada

Pessoalmente sei que a Progressão Continuada não é Aprovação Automática. Mas no Brasil do "jeitinho", para "melhorar estatísticas e "desafogar" salas de aulas cheias, a Progressão Continuada tem virado Aprovação Automática onde ela chega. E professores podem até mesmo passar por "pressão" para aprovar alunos que não poderiam de forma alguma "passar de ano", não naquele ano. Infelizmente, a Progressão Continuada deixou de ser isso e passou, na prática, a ser Aprovação Automática, "impedindo" a reprovação do aluno enquanto está na Escola, mas trazendo prejuízos reais na vida, depois do período escolar.

Quando candidato ao Governo do Estado de São Paulo, o Excelentíssimo Senhor disse que acabaria com a Progressão Continuada. Foi em momentos dos Horários Eleitorais, em debates, entrevistas e muitos outros momentos da campanha. E ainda podemos achar essa promessa em pesquisas na internet, facilmente.


Segue aqui apenas um vídeo, onde quem faz a pergunta acha que seria um desastre reprovar uma criança de 7 ou 8 anos, o que, sinceramente, não concordo, cita que o Prefeito Eduardo Paes, no Rio de Janeiro teria prometido acabar com a Progressão Continuada enquanto candidato, teria cumprido depois de eleito e depois voltado atrás em uma parte, e o Excelentíssimo Senhor, na época candidato, hoje Ministro da Educação (reprovado nas urnas que ganha a chance de fazer um trabalho "maior", pois em vez de cuidar de um estado apenas, pode fazer pelo Brasil todo agora), disse que acabaria com a Progressão Continuada:




As perguntas que faço são:

- Se iria fazer se fosse eleito Governador do Estado de São Paulo, por que ainda não fez como Ministro da Educação?

- Não seria possível encaminhar, com a Presidente, uma lei, que acredito tenha que passar pelo Congresso, mas o Brasil tem tantas "medidas provisórias" que, algo que parecia tão importante em uma campanha, poderia até, quem sabe, ser encaminhado assim?

- E mais: não apenas acabar com isso em São Paulo, que seria o que o Excelentíssimo Senhor faria se fosse "apenas" governador, mas dar um caminho para isso no Brasil todo, acabando onde mais tenha e impedindo que isso chegue onde ainda não chegou (se ainda há onde não chegou)?

- Ou era apenas uma proposta de campanha, que não iria entrar em vigor na prática, porque as "força ocultas" não querem isso de verdade?

Sei que os Estados podem dar caminhos diferentes... Mas uma lei Federal poderia dar um caminho e cada Estado adaptar a sua realidade, sem contrariar a lei Federal, que, na minha opinião, poderia prever o fim da Progressão Continuada onde ela existe e não permitir que ela comece onde ainda não existe (se há Estados que ainda não começaram com isso).

Excelentíssimo Senhor Ministro, mostre que o Excelentíssimo Senhor faria isso mesmo em São Paulo e mais: aproveite que a sua reprovação nas urnas paulistas em 2010, que lhe deu a chance de fazer mais que apenas por São Paulo, mas agora como Ministro, permitiu que o Excelentíssimo Senhor pudesse fazer pelo Brasil todo, mesmo que "apenas" na área da Educação (como Governador poderia agir em mais áreas, mas a Educação por si só é uma área muito importante) - Acabe com a Progressão Continuada onde ela existe e não permita que ela chegue onde ainda não existe! Encaminhe uma lei Federal para que haja o impedimento dessa realidade, mesmo que permita que cada Estado faça adaptação, ao menos que a Progressão Continuada seja banida do Brasil!

Infelizmente, há quem queira usar a tal Progressão Continuada como "estatística" de bom ensino. E fez com que ela passasse a ser "Promoção Automática", quando a Progressão Continuada é outra coisa. Mas o "jeitinho" Brasileiro fez com que fosse assim. Logo, nem mesmo a Progressão Continuada pode existir em nosso País, que sempre busca no "jeitinho" uma solução.

Dê-nos a chance de mudar essa história. E mais que apenas no Estado de São Paulo, faça isso pelo Brasil todo, onde mais exista e onde ainda não chegou (mas pode chegar) a tal Progressão Continuada. Não dá para existir isso no Brasil. Ajude-nos Excelentíssimo Senhor Ministro!

Forte abraço!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Precisamos aprender a notar as diferenças!


"uma coisa é aprender com o passado; outra, é ficar lá preso" - José Alberto Braga

Há pessoas que falham com a gente para ir em busca de algum benefício próprio, pelo menos uma vontade momentânea, um prazer pessoal. Falham para ter algo diferente e que acham que será melhor para elas do que não falhar com a gente, mesmo que por um momento, acham que será melhor para elas...

E há pessoas que, quando falham com a gente, sentem-se mal por isso, não encontram prazer em momento algum por ter falhado, não fazem para ir em busca de outra coisa, mas porque uma situação se apresentou fora de seu próprio controle. Em vez de ir na busca de um prazer diferente, perdem o prazer de nos ajudar, de nos alegrar e sentem-se mal por ter falhado...

Dá pra notar a diferença?

Muitos não notam, apenas ficam com a falha em si. Até que um dia, mesmo sem querer e muitas vezes até sem notar, ou notando, mas sem a menor vontade de falhar, falham com quem amam e notam como é diferente falhar por vontade própria e falhar sem querer falhar...

O primeiro falha para ter outro tipo de prazer...

O segundo perde o prazer de nos ajudar e não encontra nenhuma alegria extra por conta dessa falha...

O primeiro olha para a própria alegria pessoal, ainda que momentânea...

O segundo, perde a alegria por não poder ajudar, por falhar de alguma forma...

Essa é a diferença que precisamos saber notar entre as falhas e as pessoas que falham com a gente...

Normalmente, porque o primeiro faz em busca da própria vontade, acaba fazendo antes. É uma decisão pessoal e normalmente acontece antes do segundo tipo aqui comentado, porque o primeiro decide ir na direção de algo e o segundo, só fará quando não conseguir agir diferente e enquanto conseguir, fará diferente. Assim, normalmente o segundo demora mais a falhar e normalmente o primeiro falha muito antes. E deixa marcas...

E quando o segundo falha, parece que fez pelo mesmo motivo do primeiro, mas o primeiro não se sente mal em falhar, pelo menos na hora da falha, quando muito, depois de ter feito, e se houver consequência pesada, e ainda assim, se acontecer de se sentir mal em algum momento... Mas o segundo se sente mal no exato momento que falha, porque não queria falhar...

O primeiro decide falhar... o segundo não queria falhar...

Precisamos saber a diferença, para não maltratar quem já se maltrata sozinho por ter falhado contra a própria vontade e acabar "passando a mão na cabeça" de quem decidiu, por vontade própria, falhar...

Quem me conhece, sabe que que esse não é meu estilo musical, muito menos meu tipo favorito de letra. Mas ao escrever este texto, por ter vivido os dias dessa música, lembrei e coloco abaixo um vídeo que está no Youtube com a música:


Forte abraço!
Caco Borba

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Futebol e Política: precisa misturar?


Olá, pessoal!

Que o Senhor continue abençoando a vida de vocês!

Eu tenho demorado a escrever porque ando estudando, cuidando de tantas coisas... nem leva tanto tempo cada coisa separada, mas ao juntar várias coisas... lá se foi o dia...

Mas não posso deixar de escrever neste momento político. Não escrevi nada no primeiro turno. Mas agora, comparando duas propostas, parece mais simples... Apesar do ex-presidente Lula dizer que o pessoal está mais interessado em saber se o Palmeiras vai cair ou não para a segunda divisão do que no caso do mensalão, política é um assunto que chama a minha atenção. Já chamou mais, mas ainda chama...

Não sei se onde você está terá segundo turno. Na Capital Paulista, onde voto, tem. Então, é sobre o segundo turno nessa cidade que quero escrever: São Paulo.

Os candidatos que estão na disputa são:

Fernando Haddad, do PT

e

José Serra, do PSDB

No Brasil, tenho a impressão que a politica tem sido tratada como Futebol: o meu "time" tem que ganhar, independente de quem esteja "jogando". No caso do Futebol isso é realmente possível, já que torcemos para o "escudo" e não para os jogadores. Queremos que os jogadores que estão no nosso time joguem bem, mas se eles "mudarem de time", continuamos torcendo por nossos "escudos" e deixamos de lado o jogador.

Mas, sinceramente, acho que política vai um pouco além disso. E quem me conhece sabe que já votei tanto no PT como no PSDB, bem como em outros partidos. Eu não tenho filiação partidária, não defendo o partido apenas, mas avalio, além do partido, a pessoa que está se apresentado e as suas propostas. Depois, claro, tenho que verificar o passado, o que pode ser comparado do que já foi feito (se há isso, pois em algum momento teremos candidatos novos, mas ainda assim dá pra avaliar a postura em outros ramos da sociedade) com o que está sendo proposto agora. Por fim, tenho que verificar a real possibilidade de aplicação das propostas, pois há coisas que não servem para entrar em prática, apenas ficam no plano das propostas para eleições e nunca serão realidade.

Nunca votei no Luis Inácio Lula da Silva, tão conhecido como Lula. Nunca votei no Fernando Henrique Cardoso. tão conhecido como FHC. Aliás, no caso desses candidatos especificamente, sempre fiz campanha contra os dois! E das eleições presidenciais que Lula concorreu, eu só não votei em 1989, por não ter idade para votar. Nas demais, votei em todas! Logo, não sou PT ou PSDB de "berço".

Assistindo ao debate com os candidatos para a Prefeitura de São Paulo na Band ontem (18/10/2012), eu vi muito mais os candidatos preocupados em montar os seus próximos programas eleitorais do que propriamente participar de um debate. Acho isso ruim, pois as respostas que ambos deram ficam prejudicadas, pois uma parte de cada fala foi usada para a devida resposta, mas fiquei com a impressão que a maior parte de cada resposta era muito mais a preparação dos próximos dias do horário eleitoral...

Vou citar algumas coisas que vejo essa tentativa e que, na minha opinião, os dois não avançaram e qualquer pessoa que note o que notei e que ainda não se decidiu, não terá encontrado nessas coisas a devida resposta para a decisão. Vamos lá:

- A proposta de Haddad de fazer um debate de melhor nível, inclusive nos próximos programas eleitorais: ele está na frente nas pesquisas. Logo, não precisa propor! Pode fazer, dar o exemplo e, caso as pesquisas apontem mudança no quadro caso o candidato Serra faça algum ataque considerado "desleal", aí ele se defende e apresenta o "contra-ataque". Em vez de propor, deve fazer e mostrar que é possível. Em vez disso, eu vejo muito mais o Serra rebatendo as críticas recebidas. Faz as suas também, mas rebate muito mais do que faz. Logo, apesar de muitos entenderem a "imprensa como golpista", ambos precisam parar de falar em "alto nível" e elevar de fato. E acredito que isso deve partir de quem está na frente nas pesquisas;

- Serra fala muito do José Dirceu. E Haddad reclama disso. Mas, por sua vez, Haddad fala de Kassab, que chegou a participar de reunião do PT ainda na fase de composição de alianças, sendo vaiado pelos participantes (acho que aconteceria o mesmo com Maluf, caso ele fosse numa reunião assim, mas o acordo do apoio foi selado "em casa" - lembro que Erundina deixou o posto de vice de Haddad por conta desse apoio de Maluf, condenado nesses dias a devolver dinheiro para a prefeitura...). Logo, "0 x 0". Cada um fala do apoio que o outro tem e um não deve reclamar que o outro fale, a não ser que quem reclamou pare de falar! Quer falar, mas quer que o outro pare? Sem sentido...

- Haddad fala que vai organizar as parcerias que envolvem, por exemplo, a saúde, com base na transparência que o Tribunal de Contas está pedindo. Isso quer dizer que se algo demorar, ele poderá dizer que não fez alguma coisa porque esperava a decisão do Tribunal ou porque a devida adequação não foi conseguida porque é "demorada". Serra também citou o Tribunal de Contas para "dar a desculpa" por algo que não foi realizado. Logo, mais uma vez, "0 x 0", pois um já tem a desculpa (porque já aconteceu) e o outro prepara a desculpa caso seja necessária, e envolvendo o mesmo órgão;

- Serra fala muito do que já fez, insistiu Haddad, e deixa de falar do que vai fazer. Sinceramente, eu vi os dois dizendo o que vão fazer, mas muito pouco, como citei no começo, pois ambos pareciam mais preocupados em preparar material para o Horário Eleitoral. Mas ambos responderam. Tenho a impressão neste ponto que Serra falou um pouco mais, mas foi realmente muito pouco. Mas ambos falaram! Agora, o Haddad também falou do que fez quando esteve responsável pelo Ministério da Educação. Logo, não é só o Serra, como tentou fazer parecer Haddad, que fala do que fez, que "olha para o passado". Ele também falou do que fez! Mais uma vez, "0 x 0" no debate nesse aspecto;

- Haddad reclamou que Serra usa como desculpa para não ter feito algo a falta de apoio do Governo Federal (que teria acontecido, mas não na medida esperada) ou ainda usa a desculpa do Tribunal de Contas já citada acima. Haddad disse que Serra sempre tem algo para usar como desculpa ou alguém para culpar por ele não ter feito algo. Mas Haddad insistiu que a Prefeitura de Sâo Paulo não foi capaz de desapropriar e ceder um terreno para a construção de uma Escola Técnica! Logo, ele também tem a desculpa e o culpado por não ter feito (a Prefeitura e o Prefeito). Outra vez, "0 x 0", pois ambos tem desculpas e culpados pelo que não fizeram;

- Sobre o fim da taxa da inspeção veicular: acho que se a inspeção continuar, ela terá um custo e alguém vai pagar a conta! O que teria que acabar não é a taxa, mas a própria inspeção, para não ter custo. Assim, para acabar com a taxa, sem acabar com a própria inspeção, é preciso dizer de onde virá o dinheiro para manter essa inspeção, dizer quem "vai pagar a conta". Só acabar com a taxa não acaba com o custo da inspeção existir. Assim, é preciso dizer de onde virá o dinheiro para que a inspeção continue, se ela continuar, e como ela será: como é hoje (todos os anos, para carros novos) ou para carros com mais de 4 anos e ano sim, ano não (como citado no debate por Haddad, que seria como acontece em outros lugares no mundo). Mantendo a inspeção, como é hoje ou com alguma alteração, é preciso dizer de onde vai tirar o dinheiro para pagar a conta, caso acabe com a taxa! Acho que nesse ponto Serra deu uma boa resposta (dizendo que apenas acabar com a taxa é levar a conta dessa inspeção para todos, com carro ou não), mas gostei muito da ideia apresentada por Haddad (de ser em carros com mais de 4 anos e ano sim, ano não), apesar dele não ter dito que pensa em fazer assim (disse que vai acabar com a taxa, mas não disse de onde será tirado dinheiro para pagar essa operação, já que não disse que acabará com a inspeção, apenas com a taxa), apenas citou como exemplo, mas seria interessante pensar nisso, com ou sem a cobrança, e se for sem, dizendo de onde virá o dinheiro para esse evento, porque de graça ele não será...

Logo no começo do segundo turno, antes do Horário Eleitoral começar, já tinha notícias do Haddad dizendo que poderia questionar o Mensalão Mineiro caso Serra falasse do Mensalão Nacional. Acho estranho, pois no Mineiro, Serra, paulista, não estava nem mesmo como secretário ou algo assim. No caso do Nacional, apesar do nome do Haddad não aparecer, ele ao menos fazia parte do governo que teria praticado. Mas Haddad questiona a união de sua imagem com a dos mensaleiros. Então, ele não pode unir a imagem do Serra com aqueles que teriam praticado tal ato em Minas Gerais! Até porque, no caso do Nacional, ele, mesmo não figurando diretamente, fez parte do governo e no Mineiro, Serra não fazia parte do governo. Assim, existindo ou não, tendo outro nome ou não, falar do Mensalão quando os dois não estão diretamente envolvidos pode ser pior para Haddad, pois o Serra nem secretário era, já Haddad foi ministro do governo acusado de particar tal ato. Mas o nome dos dois não figura diretamente, mesmo no caso do Haddad, que esteve "mais próximo" da situação. Logo, mais um "0 x 0", pois se um fala, o outro pode falar. Se um não quer que o outro fale, que dê o exemplo primeiro. Depois que ambos falaram, não adianta reclamar para parar de falar...

Realmente, estou preocupado com o rumo da eleição... No interior, sei de casos onde as campanhas estão mentindo mesmo para a população. Por exemplo, sobre o Pedágio Urbano. Sei que o Pedágio Urbano é um pedágio cobrado em cidades do mundo para entrar no centro da cidade, para entrar em alguma parte específica da cidade, sendo instalado numa rua ou avenida da cidade. Mas, por conta do projeto de Pedágio Ponto a Ponto que está sendo implantado em estradas do interior, alguns candidatos enganam a população dizendo que o Pedágio Ponto a Ponto é o Pedágio Urbano. Mas o Pedágio Ponto a Ponto é para quem passa na rodovia, ainda que seja em "trecho urbano", mas é na rodovia mesmo. Pedágio Urbano é para andar dentro da cidade. Para ser implantado, o Pedágio Urbano precisa dar alternativas para o povo, para circular sem o uso do carro e com a devida qualidade e quem resolver usar o carro, precisa ter estacionamentos e qualidade nesse uso. No Pedágio Urbano, quem andar de carro dentro da cidade, mesmo sem percorrer um único centímetro de rodovia, apenas rodando dentro da cidade, vai pagar. No Ponto a Ponto, é quem usa um trecho de uma Rodovia, mesmo sem entrar na cidade, ainda que passe pelo "trecho urbano", pois toda rodovia tem isso, mas não necessariamente entra pela cidade, a maioria apenas "corta" a cidade.

No primeiro turno, na Capital, teve a questão da cobrança de tarifa de ônibus por trecho percorrido. Sinceramente, é a ideia do Pedágio Ponto a Ponto, que a pessoa em vez de pagar um trecho inteiro tendo usado apenas uma parte, vai pagar apenas o que usou. Acontece que temos o Bilhete Único e temos a questão dos Empregos muitas vezes estarem longe de onde as pessoas moram. Entendo que a cobrança por trecho utilizado é mais justa, mas a proposta precisava vir acompanhada da devida explicação de como ficaria caso fosse utilizado além do valor do Bilhete Único (o valor da tarifa) e por quanto tempo esse valor ficaria valendo. Além, é claro, da solução para os empregadores não decidirem que iriam contratar apenas as pessoas que moram mais perto, para gastar menos com Vale Transporte. Mas, se essas respostas fossem dadas, e fossem boas, a proposta passaria! E acho mesmo que será interessante ver essa questão, pois a negociação poderá trazer mais benefícios no uso do Bilhete Único, se for feita de forma adequada. Pagar pelo utilizado é o mais justo a ser feito, pois quem anda com seu sapato, irá gastar mais sola se vier de mais longe e menos sola se vier de mais perto. O que não pode ser deixado sem resposta é o que fazer quando chegar ao valor da passagem, dependendo do número de utilizações (trocas de ônibus) e por quanto tempo a pessoa terá o beneficio de continuar usando sem nova cobrança (tem que ser maior que o atual, pois a pessoa já teria usado mais de uma condução ou um trecho grande quando chegasse ao valor da passagem), além da questão do empregador e o vale transporte, porque isso não pode trazer problemas para quem vem de mais longe.

Sinceramente, não quero ouvir falar sobre "cumprir mandato até o fim". Afinal, certa vez, votei para Vereador em São Paulo em José Eduardo Martins Cardozo, do PT. E o acompanhava por aqui. Mas, depois de dois anos, ele se candidatou para Deputado Federal. E venceu! Mas eu não o vi mais com a mesma evidência que via por aqui. Só voltei a acompanhá-lo agora que é Ministro da presidente Dilma e ainda assim, não vejo tanta coisa assim.

Se o Haddad vencer, ele pode ter assumido compromisso de não deixar o mandato no meio e, mesmo assim, deixar. Se a conjuntura política para a eleição estadual em dois anos pedir que ele seja o candidato, ele não poderá dizer que não! Sei que será uma decisão compliada, mas se for necessário fazer, será feito. O partido o chamará e ele terá que assumir, caso seja necessário! Logo, o fato do Serra não completar mandato não é motivo para eu não votar nele, pois já votei em candidato do PT que não completou e entendo perfeitamente que o próprio Haddad poderá não completar o mandato por força de conjuntura política.

Assim, a mim me resta saber o seguinte:

Candidato Serra - Como serão as parcerias para a Prefeitura de São Paulo contando com o apoio da Presidente Dilma, caso seja eleito? Porque no que diz respeito ao Estado de São Paulo, creio que pode continuar e ampliar, pelo menos nos dois primeiros anos. Mas tenho receio de como enfrentar a questão da divergência partidária (que mais parece uma partida de futebol, como escrevi lá no começo) para beneficiar a cidade de São Paulo, até mesmo tendo em conta as informações do debate de ontem (18/10/2012) na Band dos valores repassados da área Federal para São Paulo. Como o senhor pretende convencer a presidente Dilma a lhe dar o apoio necessário sem as rusgas partidárias? Entendo que ela o fará, mas penso que fará muito mais caso o candidato do partido dela seja eleito. Ela está acima dessas rusgas (precisa estar), mas não podemos negar que esse apoio deve mesmo ser maior se o candidato do partido dela vencer. Como, imagino, o apoio do Estado de São Paulo sempre vai existir, qualquer dos candidatos que vença. Mas se o senhor vencer, imagino que será maior e mais fácil ter esse apoio;

Candidato Haddad - Como ficará a questão da Educação caso seja eleito? Seu nome esteve envolvido com a questão dos problemas do ENEM, pois o senhor era o Ministro da Educação na época de tais situações. Assim, muito mais que saber sobre a mesma questão que pergunto acima para o candidato Serra (sobre o apoio Federal e Estadual ao seu possível governo - mas precisando, claro, saber a mesma coisa do senhor), minha crise se posta na questão de ter um filho que, a partir do ano que vem, estará na primeira série, com 6 anos (na minha opinião, decisão equivocada de levar mais cedo a criança para a escola, mas essa é outra questão), e quero saber o que esperar do seu governo no que diz respeito a Educação, para não termos problemas outros ou parecidos com o que houve no caso do ENEM, sendo que aconteceu mais de uma vez! Uma única vez já seria ruim, mas houve problemas em mais de um ano, em mais de uma aplicação do referido exame.

Tendo em mente o Debate de ontem (18/10/2012) na Band, por favor, se este texto chegar até os candidatos e vocês resolverem responder, não respondam apenas com base no que fizeram, mas, além do que já fizeram (é história e devem mesmo citar), citem o que está mesmo no plano de governo para vencer as questões apresentadas. Não o que vocês gostariam, mas o que realmente dá pra fazer e será feito, caso seja devidamente aprovado e encaminhado. Respondam aquilo que realmente está na vontade de vocês, aquilo que, ao menos, pretendem fazer e não aquilo que parece muito bonito, chama a atenção da população como ideia, mas nem tem condições de ser implantado rapidamente...

Sei que os partidários de um ou de outro poderão ficar apenas na conversa política como se fosse futebol e "o meu tem que ganhar". Mas eu, que não vejo política como se vê o futebol, quero decidir sem receio de encaminhar de forma errada a questão. Pelo menos, tentar...

E você? Teria mais algum questionamento para fazer aos candidatos? Sabemos que com a internet podemos chegar muito perto deles, sem nem termos noção que isso aconteceu! Procure as devidas informações e vote consciente! Não vote pensando em partido "x" ou "y". Pense mais que isso! Pense sua cidade e o futuro que se aproxima!

Forte abraço!
Caco Borba