domingo, 17 de outubro de 2021

Ser pensante?

Olá!

Tirando as teias de aranha e o pó por aqui...

Sei que muita gente não gosta de textos maiores e que quando notam uma observação qualquer nem param para avaliar o contexto e o complemento, já saem tomando decisões a respeito do que foi escrito mesmo que seja apenas a interpretação de uma parte, sem entender o todo, mas hoje terei que registrar minha inquietação...

Quando vamos visitar uma casa que tem um pet, na minha opinião, não é opção reclamar dele ou de qualquer coisa que ele deixe de si pelo caminho. Claro que o dono da casa deve tomar os cuidados, mas quem visita tem que entender sim que o pet mora ali... Reclamar não é opção, quando muito apenas não volte caso o dono continue insistindo em jogar com as possibilidades de não ter um problema quando já quase aconteceu algumas vezes com você (caso seja essa a situação)...

Agora, quando estou fazendo minha caminhada e alguém "cuida" do animal na rua mesmo, colocando água e comida (o que não é ruim em si, mas temos que tomar alguns cuidados numa situação dessas), esse animal entende que defende o espaço da "casa" dele na rua mesmo! E toda a rua se torna seu "quintal"... Numa rua dessas, passou uma vez e mudo o caminho da próxima vez. Já quase fui mordido algumas vezes... Teve uma vez que o cachorro chegou a dar uma dentada, mas no fundo da minha garrafa (térmica, mais durinha) de água (pode ter confundido com um brinquedo, sei lá, caso fosse um pet de casa que achou uma brecha para um passeio)... É perigoso se não tomar cuidados, porque as pessoas gostam de jogar com a possibilidade do animal não morder, nunca ter mordido, mas o instinto está ali e basta um dia de "humor estranho" para algo acontecer...

Insisto que não vejo problemas em colocar água e comida para animais de rua! Só temos que tomar alguns cuidados... Mas há quem improvise até uma "casinha" na calçada na frente da casa... Por que não leva para dentro logo? Parece que pensam ser legal ter um "defensor" no meio da rua... Mas quem passa por ali é que terá problemas, apenas porque o animal quer defender seu "dono"...

Se numa visita o pet avança, mesmo que não chegue a arranhar, bicar, morder, é melhor o dono pensar em formas de melhor cuidado. E se não avança, não seria ruim tomar cuidado sim, porque você nunca sabe quando o bichinos está num dia com "humor estranho"... Ou você acha que só você "que pensa" passa por esses dias?

Somos responsáveis segundo Gênesis pela criação. O "sujeitai-a" não parece para mim "decidir o que existe ou não" ou tratar como quiser, mas ser o "ser pensante" que antecipa as possibilidades, que pode sim, dentro de cuidados e limites, contar com o apoio a partir de um treino e essas coisas. Mas tem que cuidar e não explorar!

Agora... quando o "ser pensante" joga com as possibilidades de nada acontecer sem tomar os devidos cuidados, ele não está pensando, está mesmo jogando com o "acaso"... O pet não terá culpa de nada, a pessoa que pode ser mordida, caso seja um cachorro, mas vale para qualquer pet e qualquer reação, pode sim gostar de animais, mas se algo acontecer e ela reclamar ou reagir, vão dizer que é porque ela não gosta, mas será mentira, será a sua incapacidade de cuidar adequadamente.

Vai passear na rua e pode encontrar outros animais ou pessoas? Tome os devidos cuidados. Nada de exagerar, mas tem sim que tomar cuidado! Não conte com o "acaso" e o "instinto"... Use a sua capacidade de ser "pensante" para tomar os cuidados sem maltratar! Assuma sim sua responsabilidade dada pelo Criador!

Tudo isso porque na caminhada de hoje, um cachorrinho muito simpático "virou a esquina" antes de seu dono e atravessou a rua correndo na minha direção e só parou quando o dono apareceu, viu de longe e chamou, já com os dentes de fora na direção da minha canela fina... E o cara estava com a guia nas mãos, mas deu "liberdade gentil" ao pet,porque ele não morde... Vai ver pensou que eu era dentista canino, sei lá... Mas o bichinho ia cuidar do dono, é claro, não teria culpa de nada... O problema é o "ser pensante" jogar com as possibilidades em vez de se antecipar, e ainda decidir que o outro não gosta de animais e por isso reclamou, em vez dele tomar os devidos e necessários cuidados... Numa situação dessas, uma pessoa pode reagir contra o pet, mas sinceramente devia era reagir contra o animal "racional" que prefere jogar com as possibilidades do acaso, do instinto e da difamação alheia... 

 

Caco Borba