terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A invenção de uma guerra que pode se tornar mais real do que já é...

Olá!

Por que, mesmo quando deu elementos favoráveis ao movimento dos "manifestantes" violentos, a imprensa foi atacada? Carros queimados, violência, truculência na hora de registrar o que acontecia... Por que?

Por que muitos seguiram a ideia de que em tudo a imprensa manipula, mesmo quando falava a favor dos que diziam exatamente isso?

Eu tenho uma teoria, mas faz tempo que penso isso, comento, falo, escrevo, e por conta desse sentimento humano da atualidade, onde você ou é favor ou contra, muitos acharam que eu era contra qualquer tipo de manifestação, quando eu era contra qualquer tipo de exagero, da imprensa, da polícia e de manifestantes... Isso sim, sou radicalmente contra. No mais, vejo como necessário o trabalho da imprensa, quando não manipula, da polícia, quando, com rigor ou não, realmente defende o direito de quem quer se manifestar de fato e não fazer bagunça, e a manifestação como um todo, a não ser quando tem violência; não vivemos estado de guerra, ditadura ou coisa do tipo para que as manifestações precisem ser violentas para chamar a atenção. Podemos sim nos manifestar sem invadir nenhum espaço, sem quebrar nada, sem violência... Isso faz parte da democracia! O exagero, é parte de manifestações pelo mundo onde há algo próximo de guerra, se não existe a mesma de fato... O que não é nossa realidade... pelo menos, em parte...

Bom... a imprensa seguiu sendo atacada, mesmo que defendendo alguns exageros, por um simples motivo:

A imprensa tinha as imagens. Tinha o áudio. E a qualquer momento poderia mostrar a realidade dos fatos: muitas vezes os "manifestantes" agiam com violência e exagero para, depois, a polícia reagir. Porque quando a polícia agiu primeiro, a imprensa mostrou! E a qualquer momento, o movimento violento poderia ser desmascarado (ainda que continuasse mostrando suas máscaras) como quem muitas vezes agia primeiro com truculência, violência e depois, se "escondia" no meio dos manifestantes que não viam isso e que estavam manifestando de forma condizente com a democracia, e quando a polícia ia agir, eles já estavam no meio da multidão... Até chegar num local onde o confronto seria inevitável...

E no meio disso, eles só faziam imagens e comentários nas redes sociais da ação ou da reação da polícia, fazendo parecer que essa era truculenta e exagerada em sua ação todas as vezes. Como em alguns momentos a polícia o foi mesmo, ficava parecendo que ela era sempre, quando muitas vezes ela reagia ao que os "manifestantes" violentos faziam e escondiam...

Muitos elogiavam a ação desses violentos, dizendo que não o eram, que eles defendiam a população da polícia... Eles não precisavam de apoio para fazer o que faziam, imagina como se sentiram tendo a impressão que tinham apoio...

Pois então... um jornalista morreu... E na manifestação seguinte sobre o mesmo tema (mais uma vez o aumento de tarifa - se não aumentar nunca, o salário vai acabar sendo congelado! Nós temos inflação, diferente do que se divulga...) teve confronto mais uma vez. Parece que foi "baixa de guerra", uma guerra que não existe! Se querem combater uma guerra de verdade, da forma como estão agindo, que peguem um avião e se mudem para a Síria! Ou... que se manifestem de forma pacífica e depois, na hora de votar, votem de forma consciente...

É importante notar que alguns ainda tentam criar problemas com relação ao trabalho da imprensa. Uns, desmerecendo a morte desse cinegrafista da Band, dizendo que todos os dias morrem pessoas na nossa "guerra urbana", e não notam que esse evento não se deu por crime ou alguma violência equivalente, e outros querendo a mesma rigidez da imprensa quando outros tantos morrerem na mesma "guerra urbana", algo que a imprensa já faz, mas a cada dia são tantas notícias de mortes que parece que a imprensa não faz da mesma forma, até porque se a imprensa for lançar "notas de redação" a cada morte, só teremos isso na imprensa...

Logo, o tratamento é diferente, pois a situação é diferente, mas não podemos deixar os que banalizam a morte colocar mais essa na mesma estatística, pois essa é diferente, infelizmente. As outras tantas precisam ser combatidas sim, mas há diferença entre as mortes da "guerra urbana" e essa morte específica do cinegrafista. Todas devem ser investigadas e punidas, mas não é em todas que é possível ter "notas da redação". Quanto a cobrar, a imprensa faz isso e sempre que algo novo aparece em muitas das mortes noticiadas, eles trazem a devida informação sobre como se encaminhou o caso. Não é sensacionalismo da imprensa tratar esse caso como "diferente", pois na prática ele é mesmo: veio de uma manifestação que muitos insistem que a polícia é a única violenta e os manifestantes são vítimas. Foi isso mesmo que aconteceu? Os mesmos que defendem os manifestantes e criticam apenas a polícia querem igualar os crimes ou abrir a ideia de sensacionalismo por parte da imprensa. Esses andam errando, pois há sim manifestantes muito corretos, mas muitos errados, como há policiais errados, mas muitos são certos... Vou dar bola para esses?

Bom... é isso que vejo...

Forte abraço!

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